sábado, 21 de março de 2015

Fobia Social

Um jovem, cabeludo, de família com muita grana, tinha a casa mais bonita e cara do condomínio de classe alta em que moravam.

Estava sempre sozinho e era observado por quase todos os vizinhos. Misterioso, pouco se sabia sobre ele, o que fazia, os lugares que frequentava e seus amigos.

Estava sempre cercado de pessoas e acompanhado de belas mulheres, fazia festas. Acreditava-se que estava sempre drogado ou bêbado.

Seus vizinhos da colina à frente da sua compraram uma luneta. Tanto o marido quanto a esposa narravam sua vida através do que observavam pela luneta. Sempre sob o pré-conceito do olhar programado a interpretar o que é visto.

​O filme segue com narração em off dos vizinhos, quase sempre falando diretamente ao espectador (fofoca) e em primeira pessoa.​

Planos abertos e panorâmicas de teleobjetivas com desfoque circular na lateral (visão da luneta).

​Paranóia dos narradores sobre ter alguém os observando, tanto nas casas vizinhas, quanto na rua. Comprar pão, jornal e mercado era um sacrifício pro marido, que desenvolveu primeiro os sintomas de fobia social, contaminando a esposa posteriormente.

No final o cabeludo ("olha lá o cabeludo" "chegou cabeludo" "tem uma van parada na frente da casa do cabeludo"

, como era chamado pelos curiosos vizinhos, morre​ em seu terraço aos olhos da luneta de seu vizinho.

(nesse momento pode-se pensar numa morte misteriosa e que vai dar uma guinada na trama, tal como "janela indiscreta" do hitchcock, com ajuda do vizinho pra desvendar o caso, ou uma morte tradicional decorrente da vida exagerada do inconsequente rapaz).

Começa o contra plangé, e a história é contada sob o ponto de vista do garotão, que agora tem nome (?), mostrando um uma pessoa totalmente diferente da narrada pelos vizinhos.

A montagem pode ser linear, mas pensando melhor acho que ficaria muito boa se fosse atemporal, com ênfase maior no no plangé do casal, pra só depois iniciar o contra plangè do garoto, no estilo de babel.

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